16.6.12

Borboletas




Havia um tempo em que era comum o hábito de colecionar borboletas, graciosas, coloridas e belas sempre foram objeto de admiração em certo ponto de vista caracterizadas obras de arte da natureza.
Hoje observo como é difícil encontrá-las por ai, parece um luxo ter a oportunidade de admirá-las, talvez por estarem em extinção ou pregadas numa parede qualquer, mas ainda sim elas existem, mesmo que distante dos nossos olhos, vê-las é uma sorte afinal; sorte também, é compartilhar e desfrutar do sentimento chamado felicidade, anda um pouco sumido, mas ainda se encontra por ai.
Essa borboleta chamada felicidade, sempre perseguida num futuro que ainda se espera, é necessária um pouco de arte de vida, um pouco de coragem e  mente aberta para se vê, não à felicidade morna das glórias que enchem o peito de orgulho e os olhos de quem admira não essa composta de recompensas, não a felicidade que aquieta o coração mesmo sem se saber direito o porquê lhe fez aquietar. Não tão simples como se desligasse um liquidificador.
Falo daquela que voa no estômago, como uma úlcera leve, pois o final, o que todos buscam é o sentimento de se SENTIR VIVO, fazendo um brinde com a vida, nas lutas de cada dia em cada história pessoal, e ela, por vezes é apenas a teimosia de ser mais ousado, de ser mais audacioso, de não simplesmente olhar pela janela e ver o tempo passar, é não apenas está acostumado ao conforto e segurança no anoitecer em sua sala de estar.
Lá dentro, onde as escolhas estão definitivas, por vezes se descobre que essa borboleta pode voar para outros lugares, lembrando que a felicidade nem sempre se é tudo que se tem, mas são coisas simples que a fazem sorrir com liberdade e contentamento no coração.

salvador.ba | 2012

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